

Com a chegada das festas de fim de ano, muitas pessoas recorrem a medicamentos antes de beber na tentativa de evitar a ressaca no dia seguinte. No entanto, especialistas alertam que não há nenhum remédio capaz de impedir os efeitos do álcool no organismo, e que automedicar-se antes de consumir bebidas alcoólicas pode até agravar os sintomas.
A ressaca acontece porque a ingestão de álcool causa intoxicação no cérebro, sobrecarrega o fígado e o estômago e provoca desidratação, o que se manifesta em dores de cabeça, mal-estar, náuseas e desconforto geral no dia seguinte.
Profissionais de saúde explicam que os chamados kits para ressaca — que combinam antieméticos, antiácidos, analgésicos e substâncias como Engov, Epocler ou sais de frutas — não têm base científica comprovada e não impedem a ressaca. Esses produtos são, muitas vezes, estratégias comerciais sem eficácia real.
Embora analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno possam aliviar dor de cabeça e desconfortos após o consumo excessivo de álcool, eles não eliminam a causa da ressaca, que é a metabolização do álcool pelo organismo. O corpo precisa de tempo para processar e eliminar o álcool, e esse é o fator essencial para a recuperação.
Segundo especialistas, as melhores maneiras de reduzir os efeitos desagradáveis incluem beber com moderação, manter-se hidratado durante e após o consumo de álcool, evitar beber com o estômago vazio e descansar adequadamente.